John Nelson é conhecido por construir visualizações extremamente complexas de padrões meteorológicos, como fez com tornados aqui e aqui. Agora, Nelson criou um simples GIF que captura o ciclo sazonal da neve, da grama, da morte e renascimento do planeta que chamamos de casa.
O GIF é uma animação de 15 frames fotográficos capturados pelo satélite da NASA e mostra um ano de vida na Terra. O movimento ritmado das transformações, esse vai e vem contínuo, remete a uma forma de respiração ou batimento cardíaco, como se a Terra estivesse, inegavelmente, viva.
Nelson conta o que sentiu quando finalizou a animação: “Eu fiquei surpreso com a resposta, realmente. Especialmente a minha. Depois de trabalhar algumas horas nas questões cartográficas (projeção, coloração, névoa atmosférica e tal), eu vi pela primeira vez os frames cintilarem na minha frente, apenas observando enquanto eles davam voltas de novo e de novo. Algo que eu estava familiarizado como uma coisa estática, estava agora pulsando e viva e não estava esperando me sentir tão atraído a ela.”
Via Ideafixa.com
Esta ciclicidade observada e ruminada é instigante. Provavelmente leva o observador a patamares inimagináveis. A coisa é fantástica. Eu penso que o estribo para percepções fulminantes deste detalhe chama-se misticismo. Para mim o místico quando silencioso e religioso é um homem invisível, logicamente não no tocante físico. Suas percepções rompem fronteiras da mera lógica. E aqui vai um detalhe mais instigante ainda, é que um humano assim perceptor tem visões e percepções que lhe são muito secretíssimas. Assim aquilo que pulsa no seu coração como o da terra só pode ser percebido por outrem que tenha desenvolvido os mesmos atributos e formam como que exércitos de homens com luzes próprias que a maioria passa ao largo da compreensão, vendo-as muito complexas. Chiquérrima a coisa. Para mim há um autor de tudo que nossa inteligência do mesmo modo passa ao largo. Há uma coisa que me explica tudo. Esta coisa chama-se escatologia. Passaremos e veremos. Graças a Deus não estou matriculado numa universidade agnóstica e rezo para os irmãos do mundo todo que obstinadamente não arredam o pé daquela universidade…:)